Em Portugal, a cultura do milho não sofre, de uma forma geral, grandes problemas fitossanitários que tornariam obrigatória uma protecção sistemática, excepção feita ao controlo das infestantes. A protecção fitossanitária integrada, prosseguida através da conjugação dos diferentes métodos de luta, culturais, biológicos e químicos, é uma prática corrente e uma filosofia a encorajar fortemente.

Na esmagadora maioria da área cultivada em Portugal, a protecção fitossanitária limita-se ao tratamento de sementes, à desinfecção do solo e ao combate às infestantes.
As intervenções devem ser planeadas em função do risco e da quantificação da relação custo-benefício.
Antes de ser efectuado o tratamento, o produtor de milho deve ter em consideração a relação entre o custo do tratamento e a diminuição de rendimento provocada pelo agressor. O conhecimento desta relação pode permitir, por um lado, reduzir os custos de produção e, por outro, limitar o número de tratamentos reduzindo os possíveis riscos de impacto negativos sobre o ambiente.
Para ajudar o agricultor nas suas decisões de intervenção em matéria de protecção fitossanitária do milho, estão disponíveis várias ferramentas:

· Estações de avisos;
· Armadilhas sexuais para alguns agressores (sesamia, por exemplo);
· Limiares de intervenção baseados no tamanho da população agressora ou no número de folhas a proteger;
· Análises de solo (para nemátodos).

Numa perspectiva de racionalização, deve prestar-se particular atenção às possibilidades oferecidas pela genética (variedades resistentes), sem nunca negligenciar as medidas preventivas (rotação das culturas, trituração e incorporação no solo dos caules afectados, cuidados com as parcelas vizinhas, etc....), sublinhando-se que a venda de produtos fitossanitários está apenas autorizada para os fins homologados. Quaisquer outras utilizações são interditas.
A leitura do rótulo, o cumprimento das instruções aí contidas, acompanhada por uma adequada utilização dos produtos fitossanitários, ajuda a limitar os riscos de poluição.


2. RECOMENDAÇÕES GERAIS:

· Fazer uma revisão aos pulverizadores antes do início de cada campanha;

· Antes de cada tratamento, verificar o funcionamento do aparelho e regulá-lo correctamente;
· Seguir as instruções das etiquetas dos produtos fitossanitários e tomar em consideração todas as informações técnicas que acompanham o produto;
· Preparar apenas o volume de calda necessário ao tratamento que se vai efectuar;
· Evitar entornar líquido dos depósitos do pulverizador;
· Proteger os pontos de água próximos do local de preparação do tratamento, contra derramamentos acidentais do produto ou da calda (uso de dispositivos e equipamentos de segurança, guardar distância suficiente e escolher um local onde os riscos são menores);
· Passar as embalagens dos produtos por água limpa, utilizando-a depois para encher o pulverizador;
· Evitar tratar perto de pontos de água (ribeiras, represas, fossas, etc....);
· Efectuar os tratamentos em períodos de pouco vento, evitando o arrastamento da calda para fora das parcelas a tratar;
· Diluir os resíduos da calda, pulverizá-los e passar por água o equipamento na parcela;
· Eliminar, correctamente, as embalagens e os produtos não utilizados.