A luta preventiva, nomeadamente o esmagamento, trituração e enterramento dos caules após a colheita, reduz sensivelmente o nível de risco de ataque no ano seguinte, tanto na própria parcela, como nas parcelas vizinhas ocupadas com milho. É um elemento a tomar em consideração.

Numa cultura de Primavera-Verão como o milho, as espécies auxiliares têm um papel fundamental no controlo de certas pragas. A escolha dos insecticidas a empregar deve, obrigatoriamente, respeitar os insectos auxiliares.
Os estragos provocados pelas pragas podem ser significativos, logo, é preciso desencadear tratamentos nos casos da cultura se encontrar em perigo. No entanto, a planta de milho é capaz de tolerar níveis de ataque não desprezíveis. A luta contra as pragas não deve ser, por isso, aplicada de uma forma sistemática, tanto mais que estão estabelecidos limiares de intervenção para quase todas as pragas. É possível realizar economias substanciais se forem eliminados tratamentos inúteis.
Um sistema de avisos local que tenha em conta o desenvolvimento, o estádio e a progressão dos insectos, permite determinar correctamente as datas de tratamento e, muitas vezes, limitá-los a uma só aplicação. 

2. PRÁTICAS ACONSELHADAS:

· Ter em conta o histórico da parcela e as condicionantes da cultura;
· Semear o milho quando as condições ou previsões climáticas são favoráveis, pois os riscos de ataques diminuem;
· Nos tratamentos de solo, tratar apenas as parcelas onde existe reconhecidamente um elevado risco de ataque. Para além da clássica distribuição de microgranulados localizados, difunde-se hoje a tecnologia das sementes tratadas;
· Para os insectos perfuradores dos caules (piral, sesamia, etc…), utilizar os métodos culturais preventivos para limitar o aumento das populações: esmagamento e/ou trituração dos caules após a colheita e posterior enterramento no solo, alargando esta prática às parcelas que estarão em pousio após a cultura do milho. Durante o desenvolvimento da cultura, deverá vigiar-se o início dos voos e só tratar quando o nível do ataque o justifica e de forma atempada. Se o tratamento for realizado numa fase adiantada do ataque é duvidosa a sua eficácia (nomeadamente no caso da sesamia);
· Para a piral, ter em conta as observações efectuadas na campanha anterior para avaliar o risco de ataque. Para a luta contra este insecto, devem ser  preferidos os tratamentos biológicos: reguladores de crescimento de insectos, esporos de Beauveria, luta por leveduras (tricogramas). Em caso de emprego de insecticidas, deverão ser privilegiados produtos microgranulados;
· Para outros insectos, manter a cultura sob vigilância. A decisão de tratar deve depender da importância da população agressora, do nível de risco que um determinado agressor representa para a fase de desenvolvimento da cultura, das condições do meio e dos meios ao dispôr para o seu combate;
· Ler as instruções dos produtos a aplicar e respeitar as suas condições de utilização; 

3. PRÁTICAS A EVITAR:

· Evitar tratar sistematicamente: o tratamento pode ser pouco eficaz. Assim, a fase tideal de aplicação e a escolha do produto variam consoante o agressor;
· Evitar tratar logo que aparecem os primeiros insectos ou as primeiras larvas: a população dos agressores pode não se desenvolver e o tratamento torna-se inútil.
A população agressora pode igualmente desenvolver-se numa fase mais tardia, e um primeiro tratamento falhado terá que ser seguido por um segundo.